quinta-feira, 29 de abril de 2010

Capítulo 6 - Invasão a Domicilio.




Plano piloto, L2 norte, 405

Guilherme estava sentado do lado da mesinha do computador, no chão, encostado na parede com o pé forçando a porta para que não abrisse, apenas precaução, para não ser incomodado por pouca coisa, colocava a mão na cabeça e no rosto esfregando-os bem como se estivesse cansado, estava com uma enorme olheira, e um pouco pálido, desde que voltara daquela aventura não descansara, Jessyca estava na sala junto com os outros, fora da janela o dia era pleno, mas a cidade continuava um caos, aqueles grunhidos continuavam a se manifestar de um jeito que conseguia gelar a alma de cada um naquela casa. Estava cansado, ou desiludido, Fizera tanto esforço para tirar ela daquele ônibus, e agora não conseguia ter uma idéia se quer, para tirar seus amigos dali vivos, ou pelo menos em sã consciência, ele apoiava os braços no joelho e então olhou para o teto.

Na sala, o rapaz com os cabelos meio lisos, e olhos puxados estava sentado encima da mesa enquanto os outros discutiam um jeito de sair da cidade, ele ficara calado por não conhecer ninguém, esperaria ate os mesmos pedirem por sua opinião, estava apenas com uma roupa preta um tanto apertada, tirou um cigarro do bolso e acendeu começando a fumar, foi então que ouviu o dono da casa.

-Ou cara, desculpa, mas fumar aqui não é permitido...

Ele então desceu da mesa e então olhou para ele com um sinal de desaprovação e se virou e foi até a porta e saiu fechando-a logo depois, o corredor era um tanto estreito, tinha logo do lado da porta uma outra para outro apartamento, logo do lado do elevador tinha um corredor que levava mais a dois apartamentos e para a escada de incêndio, a qual era única escada daquela ala de apartamentos, o rapaz foi ate a escada e percebeu alguns barulhos no apartamento ao lado, quando pensou em pegar as escadas, e foi então que parou em frente a porta e ficou a observar, virou como se fosse embora mas ouviu de novo aqueles gemidos, ele coçou o queixo e então voltou ate a porta.

-Mas que merda é essa...?

Perguntou-se e colocou a mão na maçaneta e foi abrindo a porta devagar e levantando a blusa levemente e então segurou arma presa atrás de sua calça, a segurou um pouco para baixo e então foi entrando devagar no apartamento ao lado, estava um tanto quieto, ouvia os gemidos baixos mais a frente ele continuou andando em direção ao local, viu todo aquele sangue espalhado de um lado para o outro, e viu que aquilo não ia dar um bom resultado, ele colocou a arma mais acima, e começou a abrir a porta, viu que mais sangue escorrendo e pingando pela cama e aquilo Fez seu estomago embrulhar.

-Meu deus, mas que droga...

Viu que não tinha muita coisa dentro do quarto e virou para sair dali e foi ai que sua alma gelou por completo, o rosto de uma velha gorda toda deformada, mais pela situação de decomposição, mas o que realmente estava nojento, era sua barriga imensa totalmente destroçada, a pele e seus órgãos caiam no chão como se fossem pacotes, e ela nem ao menos parava, ela então foi para cima do rapaz, e o prendou contra a parede, com o susto o disparo foi no teto, e ele apenas conseguiu colocar o braço o qual segurava a arma em frente ao seu pescoço e impedir ela que chegasse mais perto, sua força na mandíbula era inacreditável, e o odor que saia de sua boca era pior que aquela carnificina, ele tentou empurrar mas o corredor era estreito, Eric não conseguia criar mais forças pelo estomago ter tirado totalmente suas forças com aquele enjôo que sentia sentiu então algo gosmento cair seu tênis e praguejou alto, foi antão que a faca sendo enfiada na cabeça da mulher gorda, ele a empurrou com força fazendo-a bater contra a parede e cair.

-Você tá bem cara?

Perguntou Mateus olhando para o estomago da velha no chão e fazendo uma careta de nojo provavelmente, Então Eric pulou de lá e passou para traz de Mateus praguejando pelo tênis sujo e com aquela náusea que não passava.

-Ah, to sim cara, obrigado pela ajuda, essa velha escrota me pegou de surpresa...

Mateus então olhou para ele e balançou a cabeça e respirou fundo olhando o rapaz e sorriu.

-De nada, mas isso enfatiza que não deve entrar na casa dos outros sem ser convidado.

Viu como tudo em câmera lenta, viu o japonês levantar a arma e apontar bem para ele, como se tivesse querendo matar sem dó alguma, quando ouviu o tiro pulou para o lado e viu a criança que estava logo atrás dele e engoliu em seco, e soltou uma palavra parecida com “puta que pariu”, e ficou olhando para aquela menina morta de novo no chão e engoliu em seco, quase tinha feito suas necessidades sem ir ao banheiro, ficou um tanto atordoado quando viu aquela criança com a boca cheia de sangue, e sua perna quase dilacerada, observou o garoto e então se levantou e os dois foram andando em direção a porta, Mateus ainda engolia em seco pela situação passada, viu Pedro e Jessyca curiosos procurando saber o tinha acontecido, Mateus saiu calado e enquanto Eric parou e olhou os dois cadáveres para traz, e ficou um pouco calado.

-Pelo menos agora é certeza que na cabeça eles param... Bom, de qualquer jeito fumar “lá fora” quase custou minha vida.

Pedro olhou para ele e ficou com uma expressão sarcástica e fez um não com a cabeça.

-Pedir ajuda nunca é mal...

Eric respirou fundo e passou por Pedro.

-Tenta fazer isso com aquela linda mulher ali, querendo te dar um beijinho.

Eric entrou na outra casa para se limpar indo atrás de Mateus, Pedro caminhou para dentro da casa e viu aquela gorda no chão, fez um “eca”, e então saiu dali, quando voltou para a casa de Mateus ficou olhou os dois na área de serviço e ficou quieto apenas olhando, o Japonês estava perto da janela fumando tinha tirado o tênis e deixado ele do lado, tinha uma cara seria, Mateus estava de costas para ele com a cara no tanque molhando o rosto. Eric baforava a fumaça cinzenta para fora e então falava coisas que da distancia de Pedro não eram totalmente escutada por Pedro.

-Cara, uma coisa é certa, quando você mata uma pessoa, ela vai te acompanhar por toda sua vida, o pesar na consciência sempre vai te acompanhar, mas ali atrás, não estou certo de que era uma pessoa.

Mateus continuava lavando o rosto como se tivesse feito algo que nunca mais iria esquecer, continuava curvado com o rosto molhado no tanque, que estava com a torneira ligada.

-Sabe, Eu matei uns 17 quando caminhava para aqui, e para tirar isso da minha cabeça, tive que lembrar que essas coisas, não são pessoas, são algum tipo de demônio e que não tem nenhum peso na consciência em nos matar.

Eric saiu dali e jogou o cigarro pela janela, ele foi andando para o banheiro enquanto esperava Mateus, Pedro ficou olhando o rapaz enquanto ele continuava indo ao banheiro, cruzou os braços e naquela hora decidiu que se não saíssem daquela cidade iria acabar morrendo, Eric passou pela porta do quarto do dono da casa e viu que Guilherme estava cuidando de Hannah enquanto os outros tinham saído. Tudo estava uma bela confusão, todos trancados em seus próprios pensamentos, Guilherme abraçava Hannah no quarto, tentando acalmá-la, Jessyca era a pessoa mais quieta, ate por não querer falar muito, ela sentou no sofá olhando Mateus na área de serviço, Pedro na porta da cozinha, Mateus estava por enquanto atordoado o suficiente para pensar em qualquer outra coisa a não ser o que fez minutos atrás, Eric estava no banheiro tentando esquecer sua ânsia de vomito, provocado por aquela madame, enquanto isso Guilherme tentava fazer Hannah parar de pensar em coisas tão pessimistas, o dia fora daquele lugar, passava e já iria chegar a hora do almoço e os garotos simplesmente não se davam conta, Dentro do quarto, Guilherme sentava encima da cama e abraçado com Hannah enquanto o silencio fazia o quarto ficar mais sereno, Guilherme então colocou a cabeça da mesma em seu peito e esfregou os olhos, e então ouvio a garota sussurrar.

-Eu quero sair daqui, vamos embora daqui? Eu estou com medo...

Guilherme ficou calado e então ficou a observar o canto da sala e então beijou sua cabeça e passou a mão em seus cabelos, era curto, porem bom de acariciar, tirou a franja da menina do olho e então respirou fundo.

-Ok, eu prometo que vou tirar todos daqui vivos, mas precisamos ir com calma, então não se preocupe.

O garoto falou e logo respirou fundo, fez ela levantar sua cabeça e então olhou em seus olhos, aqueles olhos chamavam muito sua atenção, ele sorriu então e passou a mão em seu rosto.

-Bom, eu estou indo para a sala, tenho que falar com a Jessyca e ver se consigo fazer todos se acalmarem. Se quiser ir para lá...

Logo se levantou e saiu do quarto, fechou a porta logo depois e foi andando pelo corredor ate a sala e então acenou para todos e então olhou Mateus.

-Tá tudo bem com vocês?

Lembrou-se o que tinha feito Hannah ir para o quarto e então olhou para Jessyca e Pedro.

-Mateus e o Japa, quase se deram mal, mas ta tudo bem.

Pedro falou olhando para Mateus soltou um suspiro, Guilherme foi ate Jessyca então e sentou-se ao seu lado, ela segurava uma bolsa de gelo no seu ombro ainda. Ele sorriu e a menina retribuiu com outro sorriso belo, mas logo se desfazia.

-E então? Como você esta?

Ela sorriu e ficou calada um tempo pensando e logo tirou a bolsa, mostrou o ombro roxo, mas estava melhor do que no outro dia.

-É, eu to bem, só um pouco machucada, obrigada por perguntar...

Guilherme tentou sorrir e passou a mão e beijou o ombro de Jessyca, e logo sorriu para ela bagunçando seus fios de cabelo.

-Espero que sare agora.

-Vai sarar, ainda mais depois de agora.

Seu sorriso só ganhou força pela risadinha abafada que a menina deu e se levantou. Apenas Hannah sabia que aquele sorriso dele, era a sua mascara e que estava tão desesperado quanto qualquer um, logo ele foi andando ate seu amigo no tanque passando calado do lado de Pedro.

-O que aconteceu?

Perguntou Guilherme enquanto ia para o tanque e bateu de leve nas costas de Mateus, viu que ele apenas estava molhando o rosto e então Mateus levantou o rosto com o cabelo molhado e então olhou para a janela vendo tantos corpos na rua que parecia que tinha ocorrido uma guerra.

-Acabei de matar um deles, e sabe como é, Acabei de tirar a vida de alguém.

Guilherme soltou um suspiro e andou ate chegar ao filtro de água, já que a casa tinha a área de serviço junta com a cozinha, logo pegou um copo de água e bebeu.

-Sabe, Quando tava correndo, tentando salvar a Jessyca, junto com o Pedro e com o Eric, eu perdi as contas de quantas pessoas ou sei lá o que, eu matei, machadadas, tiros, e essas coisas, e sabe, eu sempre salvei a vida de alguém que era importante para mim, e isso fez valer a pena. Agora eu lhe pergunto, Queria que aquele monstro tivesse sobrevivido e ter matado o Eric?

Mateus fez um sinal positivo com a cabeça, mas se irritava um pouco por ele colocar de maneira tão simples, já que aquilo era algo tão mais complexo, porem deixou passar e então fez um sim com a cabeça foi ate a geladeira e pegou um refrigerante colocando num copo.

-Ok, Eu só precisava de um tempo, melhor voltarmos a discutir o que vamos fazer, não da para ficar na minha casa para sempre, já que a comida já esta acabando, arroz acho que já acabou...

Guilherme olhou e então deu com os ombros, foi andando em direção a sala, e fez um sinal para ele vir junto, logo mais a frente se sentou no braço do sofá e olhou Pedro que ficava a observar o garoto, logo Eric apareceu pelo corredor e percebeu a pequena reunião, e ficou quieto olhando para todos ali, Jessyca ficou olhando as pessoas ali, e logo se aproximou mais da ponta do sofá, apenas Hannah não tinha aparecido ali, estava um pouco quieta no quarto.

-Seguinte, Temos que dar um jeito de sair desse lugar, Aqui esta mais perto da ponte do Bragueto, passagem pra sobradinho, meu pai tem uma casa em sobradinho da pra todo mundo ficar lá por um tempo, e depois todos voltamos pra suas devidas casas e Mateus fica comigo.

Pedro então levantou um dedo como se fosse falar algo e arqueou uma sobrancelha.

-Ou senhor informação, Já que não estava aqui, se lembra daquelas horas que passou trancado no quarto dando uma de anti-social, nos assistíamos a TV aqui, e pela primeira vez, soubemos que estávamos fudidos...

Guilherme fez uma cara de quem não entendeu e então Mateus se sentou encima da mesa e olhou bem para ele.

-Cercaram totalmente Brasília, Não há maneiras de sair cara, estamos no fim da linha, estão construindo Muros alem da cerca, Esta um caos, lá fora, sem contar que aquelas, coisas, estão todas nas extremidades da cidade, chegar perto é quase que pedir pra morrer.

Guilherme sentiu um frio na barriga e abaixou a cabeça, esfregou os olhos como se estivesse cansado.

-Olha, Eu prometo dar um jeito de tirar todos daqui, tem que haver um jeito de sobrevivermos, Por agora temos que arranjar comida...

Eric então engoliu o biscoito da mão e apontou um dedo para Mateus e então mostrou um pedaço de biscoito da mão.

-Quando eu entrei na porta do lado tinha algumas coisas, e esse biscoito, e sinceramente, acho que do jeito que anda as coisas, não creio que vão se importar se agente arrombar algumas portas e pegar comida, eu e o Mateus podemos dar uma volta no prédio e pegar alguma coisa, agora ele virou um tipo de guarda-costas.

Mateus sorriu e agradeceu pela parte que lhe tocava mas relutou um pouco sobre a idéia, mas todos concordaram em fazer aquilo, Mateus então não teve outra opção, eles se armaram para caso encontrassem alguém a mais para atrapalhar os planos, Eric com uma arma 45 na mão e Mateus com um taco de baseball de ferro, tinha ganhado do pai no ano passado, eles foram por sorteio, e começaram pelo segundo andar do mesmo bloco, já que o apartamento o qual Mateus morava era o 102, enquanto isso Pedro começava a preparar algumas coisas para o almoço, com ajuda de Guilherme, o qual estava longe em seus pensamentos, iria levar um tempo para se adaptar.

-Cara, nunca pensei que iria fazer uma loucura dessas, entrando no apartamento dos outros, arrombando portas com um taco de baseball...

Eric continuou calado e então tentou abrir a porta, mas como de se esperar a porta estava trancada, Eric travou a arma e colocou na cintura, pegou o bastão das mãos de Mateus, e logo posicionou e levantou o mesmo, acertou uma pancada na maçaneta que a fez cair no chão, depois ficou um pouco de lado e acertou a porta com força fazendo um belo estrago, sorriu pra Mateus que ficou quieto e deu um pequeno espaço, chutou a porta para frente fazendo ela ser arrombada, ficou presa nas dobradiças ainda, ou pelo menos algumas, logo eles entraram e então Eric retirou a arma da cintura, e fez um sinal para ele olhar a casa primeiro, Mateus era um tanto leigo mas sabia que eles não iriam entrar para pegar as coisas sem dar uma revistada na casa. Eric rondou a casa com a arma empunhada enquanto Mateus foi ate a cozinha e a área de serviços, Mateus não encontrou nada então foi ate a dispensa e começou a procurar algumas coisas, não se importou muito com Eric, já que ele sim estava armado, logo ouviu o rapaz na cozinha.

-Achou alguma coisa?

Eric deixou a arma na mesa e foi ate um lado e sentou encima da mesma, tinha um pequeno papel em mãos, e lia com atenção e então Mateus se levantou e foi ate ele entortando a cabeça para ler também.

“Os sintomas São dor e descoloração e imediata descoloração da ferida, Febre alta tremores demência, vômito e dor aguda nas articulações, com o tempo a parte inferior do corpo é paralisada e logo vem o coma. Isso acontece com uma pessoa com perfeito estado de saúde, outras pessoas com pouca saúde, isso pode durar até por volta de horas, porem indesejavelmente isso não acaba por aqui, o paciente sempre tem uma reanimação violenta, ele começa a se comportar como os outros, minhas pesquisas mostram que é um tipo de vírus conhecido como Solanum, conhecido algumas partes da África, e parte do oriente médio. O Paciente parece ignorar dores, choques e qualquer outra indução a dor, o único jeito de deter um infectado é destruído ou impossibilitando o trabalho do cérebro.”

Eric olhou com uma cara estranha e ficou a pensar sobre aquilo enquanto Mateus ficava calado, lendo com não muita importância mas já sabia que da próxima vez, qualquer tentativa, a cabeça será seu alvo, não importa o porque, mas funcionou ate agora.

-Parece que era um medico do HRAN, estranho, bom já que vamos ficar um tempo aqui, pegue comida, eu vou procurar alguns remédios...

Falou Eric enquanto deixava o bilhete encima da mesa e fora para o quarto aonde achara o mesmo, vasculhou o quarto a procura de remédios, enquanto Mateus procurava por comida na cozinha e na dispensa. Já tinha separado algumas coisas quando ouviu Eric colocar uma caixa encima da mesa, cheia de remédios, ate para as coisas mais simplórias, Eric murmurou a palavra “médicos”, e logo respirou fundo e olhou para o garoto que tinha achado farinha, alguns sucos, um saco de 5 kg de arroz e apenas isso ate ali, alguns doces na geladeira.

-Escuta Mateus, vou levar as comidas pra lá e você checa a casa do lado...

Falou tranqüilo e puxou a arma e colocou a mesma na cintura enquanto Mateus olhou para a porta meio emburrado, mas teria que fazer o começo daquilo sozinho, logo colocou algumas coisas encima da mesa e pegou o bastão no chão e respirou fundo.

-Oh inteligência, leva as coisas pelo menos...

Resmungou e Eric colocou a mão na testa e voltou rindo, enfiou o bilhete no bolso e foi andando em direção a porta com a caixa e as comidas logo encima, Mateus foi para a próxima porta e tentou abrir, mas também estava trancada, praguejou e posicionou o taco de baseball, antes de tentar arrancar a maçaneta olhou bem para a porta, engoliu em seco, e logo Mateus desceu o taco, a primeira tentativa fez a maçaneta apenas ficar torta.

-Droga, como ele conseguiu de primeira?

Resmungou e então bateu mais duas vezes ate conseguir arrancar a maçaneta, logo ficou de lado tentando quebrar a porta, quando conseguiu, segurou o taco firme e bateu mais uma vez na porta, logo chutou a porta não conseguiu abrir tudo, nesse momento se arrependeu de ter saído na academia um ano atrás, mais uma vez tentou chutar e só abriu uma brecha grande o suficiente para a passagem com uma tacada nas dobradiças, quando conseguiu passar acendeu a luz da casa e olhou a sala pequena, fez um bico e ficou olhando para os lados como se reunisse coragem para andar.

-Ah droga, mau dia, mau dia, mau dia.

Resmungou o garoto e então foi andando, olhou parcialmente na cozinha e acendeu a luz da mesma foi então que entrou e caminhou ate a área de serviço e então não viu nada, deu com os ombros e voltou com o taco em posição ainda, ainda andando devagar, como em todos os filmes que ele assistia, sabia que era daquele jeito que o mocinho entrava em apuros, tentando salvar o dia sozinho. Ele pisou no corredor e no mesmo acendeu a luz vendo um rapaz no final do corredor de pé, com a cabeça baixa cambaleando, Mateus teve a certeza que aquele rapaz era um deles quando ouviu aquele grunhido horrendo.

-Ta, é agora, hora de salvar o dia, quero ver um home run com a cabeça desse infeliz.

Mateus tentava falar sozinho para ter a coragem de prosseguir, mas congelou ao ver o rapaz virando lentamente, ele apenas tinha uma mordida no braço o resto estava pelo menos inteiro, a cara pálida dele e seus olhos estranhamente revirados, ele fazia movimentos com as mãos parecendo que queria segurar algo, ele levantou as mãos como se quisesse segurar o garoto, ele fechou os olhos por um segundo e pensou varias vezes que acertar a cabeça daquele monstro não seria mal algum então abriu os olhos, e se afastou um pouco como se esperasse ele, ficou um tanto apreensivo, sua adrenalina foi nas alturas e então ele fechou a cara e quando teve espaço o suficiente para acertá-lo virou o taco tão rápido que nem ele esperava tanta força, fez a cabeça do monstro espirrar sangue por toda a parede e cair no chão virado, logo ele olhou ele no chão ainda se movendo, e então ele segurou o taco com força e bateu varias vezes na cabeça dele ate ele parar de se mexer mesmo pelas tacadas do garoto, ele arfou um tanto aliviado por poder fazer aquilo, e logo se afastou sentando no sofá e respirou fundo engoliu em seco e foi ate a pia da cozinha e lavou o taco, era um tanto quanto nojento, ele tinha ate receio de tocar no taco depois de ser lavado, logo ele foi ate o corredor novamente e andou em direção as portas, pelo jeito, não tinha muito o que fazer, ele segurou o taco com força mas felizmente o rapaz estava sozinho em casa, ele olhou a cama de casal, no único quarto que parecia possível dormir, ele entrou no mesmo e foi ate sua gaveta, viu varias coisas, camisinhas, telefones alguns pacotes brancos, mas não se importou, fechou o mesmo e logo se levantou sem querer derrubou o travesseiro, quando ele foi colocar o mesmo de volta ao seu lugar viu uma arma, que mais parecia com o famoso calibre 38, ficou um pouco com medo de pegar, quando segurou a arma na mão sentiu um receio, como via nos filmes sabia que ela abria de lado, ele abriu para ver se estava carregada, e realmente tinha todas as balas pronta para serem disparadas, tirou as balas para não ter perigo e levou tudo para a cozinha deixando encima da mesa e logo começou a procurar o motivo pelo qual estava ali.

Quando Eric entrou olhou aquele sangue inteiro e embrulhou o próprio estomago e olhou para o garoto na cozinha, e assobiou de leve.

-Desculpa por te deixar sozinho, Não esperava que iria ter...

O Japonês parou de falar ao ver a arma ali encima e a pegou junto com as munições olhando como era.

-Caracas, é original, aonde achou isso?

Os garotos voltaram para o local, e Eric ensinava como usar uma arma para Mateus, que apenas aceitou a idéia pela situação pela qual estavam passando quando voltou estavam todos na sala inclusive Hannah que tomava água na mesa do lado de Guilherme que tinha acabado de ler o pequeno papel escrito pelo médico do HRAN, parecia que o clima tinha ficado mais pesado, Guilherme bagunçava o próprio cabelo tentando achar a solução para algo e então olhou para traz, caminhou ate sofá e ficou de joelhos nele olhando para baixo, Eric deu graças a deus que pelo menos Pedro estava descontraído, estava na cozinha cantando enquanto cozinhava, tentava cantar a musica mais idiota para animar o pessoal, e parecia que a comida estava começando a cheirar o suficiente para deixar todos com fome, não pensou duas vezes e foi para a cozinha.

O garoto começava a pensar no que diabos era aquilo, ali olhando da janela parecia tudo deserto, mas vinha alguns daqueles monstros perambulando por ai e comendo pedaços de gente, ele simplesmente sentiu que aquelas imagens nunca mais seriam esquecidas, que mudariam seu comportamento para sempre, ou pelo menos ate tirar todos dali, ele fechou os olhos e tentou ficar virado, para não se desesperar e deixar transparecer a angustia que estava sentindo.

sábado, 17 de abril de 2010

Capítulo 5 - Corra, Apenas corra.




Guilherme abriu os olhos pesados, embriagados pela noite mal passada, sentiu os leves empurrões nos seus ombros e olhou a menina, seus olhos inocentes, estava ao seu lado, nem prestou muita atenção, ouviu um “bom dia”, mas ainda estava sonolento, sentiu suas costas doendo e percebeu que tinha dormido sentado, a menina tinha pedido companhia das meia noite ate as uma hora da manhã, mas acabou dormindo sentado com ela em seu colo, conseguiu erguer os olhos para ver ela novamente, um tanto mais próxima e sentiu uma mordiscada em seu pescoço, sentiu um arrepio subir do fim de suas costas e ir ate seu pescoço e o fez despertar de vez e olhou a menina apoiando-se nas mãos e olhando sem seus olhos com um sorriso inocente e um olhar indescritível.

-Acordou amor?

Colocou a mão no rosto e resmungou baixo enquanto tentava acordar, viu ela se levantar e abriu a porta com a mesma camisola meio branca com rosa de ontem à noite.

-To indo, to indo.

Então colocou as pernas para o lado e então engolindo aquele gosto amargo de sono, então levantou e sentiu sua dor realmente atacando, é deveria der dormido deitado, mas não havia espaço para arrependimentos, andou ate o corredor e foi andando em direção a cozinha e olhou para Pedro cozinhando algumas coisas e Mateus fazendo um tipo de pão com canela no forno, respirou fundo e se espreguiçou, ouviu a voz de Pedro perto do fogão.

-Bom dia, vai querer panqueca?

Guilherme se sentou na cadeira e olhou para Pedro.

-Nesses momentos tenho medo da minha resposta, ta eu aceito.

Tentou acordar e olhou para traz vendo a menina de pé em suas costas e logo bateu na cadeira ao lado para ela sentar ao seu lado.

-Não esqueça que você dormiu comigo...

Ela deu um sorriso inocente e se sentou ao seu lado, começando a colocar uma xícara de café, um tanto fraco e ruim, afinal Mateus nunca foi bom em fazer café, logo começou a tomar o café enquanto ouvia algumas piadas insanas de Pedro enquanto terminava de fazer as panquecas, viu uma panqueca voar no seu prato e Pedro sorrindo de longe, percebia que foi pura sorte não voar na sua cara.

-Opa, cuidado com o negocio mole do negão.

Guilherme olhou num sinal de desaprovação e riu logo depois, cortou um pedaço para provar e então continuou a comer, não iria falar que estava bom, talvez seus atos já demonstrassem isso, Mateus pegou um pão dos que ele fez e foi para o sofá com um copo de leite com Nescau, segurou o controle da televisão e ligou a mesma.

-“...Continua um caos, vários pacientes já saíram do HRAN e foram para hospitais
particulares, como Santa Luzia, Pronto Norte e Santa Lucia, mas nenhuma vitima da infecção conseguiu ser salva, os sintomas são Alucinações infecção na parte na ferida, febre alta e desmaios constantes, a doença é altamente contagiosa, e pedimos que se você sente esses sintomas e teve contato direto com alguém doente, vá para o pronto de socorro mais rápido o possível, a situação aqui é grave, os pacientes que saem do coma voltam totalmente transtornados e com problemas mentais sérios, parece que é um ataque de raiva, estamos aguardando mais informações...


O canal foi mudado logo depois por Mateus, Guilherme fez um silencio e Hannah passou a mão em seu ombro, Pedro ficou meio quieto quando ouviu isso, queria realmente entender aquilo, normalmente iria caçoar daquilo como fez com a fama da gripe suína, mas seu amigo tinha visto e ficou tão abalado que o fez parar para pensar melhor, Guilherme se levantou rejeitando o resto da comida, tomou o resto do café e foi para o quarto, Hannah ficou calada, pois o que vira na noite passada foi horrível, e se imaginava no lugar dele quando ninguém acreditava no que ele contava dias antes, na queda do avião, a menina começou a comer também e foi quando comentou.

-Tenho medo dessa situação, aquela confusão toda no pátio nem foi comentada parece que querem evitar pânico, mesmo com o pátio Brasil estando cercado de policiais e carros de policia.

Pedro então olhou com cara feia para onde Guilherme foi e se sentou ao ver Mateus vendo desenhos infantis e rindo as vezes do que o pica-pau fazia.

-Não tira da minha cabeça que aquele preto não gostou das minhas panquecas, de qualquer jeito, Se aquilo for fruto dessa doença eles vão querer deixar o caso baixo, para tentar controlar, afinal nenhuma doença jamais vista teve esses efeitos colaterais...

Pedro falou e tentando expor um pouco de seu conhecimento de sua antiga faculdade, que dava uma idéia de decisões políticas, Hannah murmurou algo como “nerd”, enquanto Mateus tentava esquecer tudo aquilo, afinal dali ele era o que mais estava tenso com aquilo tudo, no quarto de Mateus, Guilherme ligou o computador e colocou algumas musicas baixas para ouvir, ficou olhando para o teto deitado na cama do garoto, tentava esquecer tudo aquilo, tinha perdido o sono, era umas 10 horas da manhã, tinha algo em sua mente que gritava, e era isso que ele queria fazer, tinha uma angustia dentro de si que precisava soltar, mas era introspectivo de mais para isso, ficou apenas calado, tinha um péssimo pressentimento agora, precisava tomar um ar, a noite passada foi cansativa, Hannah falou bastante de seus problemas enquanto estava acordada, quando ela dormiu teve medo de se mexer e acordar a menina e acabou dormindo sentado, e isso foi o que causou seu corpo dolorido de agora.

W3 norte, 708 norte.

Os grunhidos faziam o oficial Marcos tremer, ele tentava discar o numero do telefone e ao mesmo tempo olhar para os revoltosos, a barricada feita com os carros da policia já estavam cedendo, em tão pouco tempo eles tornaram a w3 inteira um inferno, e estavam rumando para se espalhar, ele então ouviu o telefone chamar, estava com a arma na mão, sabia que tinha infringido a lei, porém que diferença faria? Já que com tantos deles ali iriam acabar o matando, e alem do que por mais que ele atirasse eles não paravam, era horrível aquele cheiro.

-Código vermelho, fechar perímetros da cidade, estado de quarentena, os revoltosos ou sei lá o que, já tomaram toda a W3, sugiro...

Foi então que um deles se jogou contra o carro e ele percebeu que já estavam tão perto que seria difícil escapar, se arrastou ate a frente e virou para aquele homem, de olhos brancos e pele pálida, o sangue era nítido em sua roupa, ele então mirou e pediu para o rapaz parar, mas ele continuava a se arrastar por cima do capo do carro, e então ele atirou e pegou em sua cabeça, sorte ou azar, ele conseguiu matar um deles, mas tinha um pequeno pesar na consciência

-Droga, eu vou acabar sendo despedido.

E foi então que ele olhou seus companheiros mais a frente, alguns ainda relutavam em alguns tiros, pontapés e pancadas com cassetetes, mas percebeu então que todos, todos estavam mortos, ou prestes a morrer, ele tremeu o queixo e engoliu em seco tudo aquilo, viu sua cidade totalmente destruída, e cheia de sangue, era pior que uma guerra, em menos de duas semanas estava tudo tomado, ele pegou o telefone ainda ligado e falou um tanto estático.

-Estamos todos perdidos, tire quem vocês poderem daqui, é o fim...

Via uma barricada de carros da policia, mais a frente e viu todas aquelas pessoas cheias de sangue, eles se deitavam e passavam por baixo, pancadas, tiros, nada fazia efeito, apenas aquele ultimo que atirou em sua cabeça e Marcos então teve uma idéia e então pegou o radio e levou a boca, mas antes disso sentiu seus pés puxados e caiu para traz, a ultima coisa que viu foi uma mulher deformada abaixar em seu rosto e morder a metade de seu rosto, a dor foi tanta que perdeu a consciência imediatamente, o cenário era outro agora, a cidade que era tão normal passava por algum tipo de pesadelo, sangue por toda a rua, armas jogadas no chão e o caos era implantado naquele local, e ia se espalhando, pessoas fugindo ensangüentadas, elas atravessavam a rua mais movimentada desesperadas e acabavam sendo atropeladas e causando um engarrafamento enorme.

SMU, Quartel General do Exercito brasileiro.

-Senhor, ligação da secretaria de segurança publica.

O General olhou para o soldado e ergueu uma de suas sobrancelhas, se perguntou se depois de tanto tempo, uma guerra iria explodir, era velho, um bigode comum, careca apenas na parte superior da cabeça, mas tinha uma expressão um tanto dura, ele andou ate o telefone e atendeu, as palavras que escutou no telefone, o fez gelar sua alma, não sabia por que, mas um estado completo de isolação sem quase nenhum aviso prévio era por que as coisas estavam feias. Minutos depois todo o quartel foi acionado uma sirene forte tocava e ensurdecia cada recruta e soldado, já tinham alguns jipes e caminhões saindo do quartel, levando consigo materiais com o qual fariam um cerco, nenhum soldado ali realmente entendia o porquê daquilo tudo, mas sabiam que pela primeira vez iriam ter utilidade, aumentando então o seu salário.

Plano piloto, L2 norte, 405

Mateus estava entediado no sofá ouvindo Pedro e Hannah falarem besteiras, e ouvindo a gargalhada um tanto exagerada de Pedro, quando viu o recado de emergência começando logo depois de interromper o seu programa, desligou a televisão e levou seu prato ate mais a frente, coincidência ou não, todos os celulares estavam desligados naquele momento, Guilherme continuava deitado, logo viu a janela, ouviu carros buzinando varias vezes derrapadas, mas não estava nem ai, se lembrou de colocar o celular na carga, se levantou e então foi ate ele e o colocou para carregar, o ligou e voltou para a cama, quando se deitou acabou por fechar os olhos. Como por um segundo abriu os olhos e viu tudo escuro, deduziu que tinha caído no sono, e então notou o que tinha lhe acordado, o seu celular tocando como um alto falante, ele se levantou e não olhou pela janela, logo que atendeu, a voz do outro lado chorava, não entendeu quase nada apenas que estava em na quadra 703 norte, ele achou estranho e logo que desligou percebeu que o celular era uma velha amiga, o numero era de Jessyca, engoliu em seco, e como sempre vestiu uma calça rápido e uma blusa e um tênis, passou um desodorante amarrou uma bandana na mão e então saiu apressado percebeu que todos estavam dormindo no sofá e no quarto e logo viu a porta se abrir enquanto guardava o celular no bolso.

-Puta merda, lá fora ta um caos...

Pedro estava visivelmente abalado, um pouco intrigado e com algumas mãos cheias de sangue, fechou a porta logo atrás respirando fundo.

-Você estava certo, aqueles caras têm um péssimo gosto para visual...

Ele entortou a cabeça tentando entender e olhou Pedro indo ate a janela perto do sofá aonde Mateus dormia com a boca meio aberta, e logo caminhou ate ele ao ver o mesmo abrindo a cortina, era noite, mas dava para ver o caos da cidade, folhas para todo o lado, carros pegando fogo, algumas pessoas correndo e outras cambaleando pelos cantos, Guilherme também percebeu uma mulher rastejando com a cintura para baixo decepada e entre abriu a boca e logo se tocou no que Jessyca tinha se metido, ele num pulo pulou ate a porta e foi quando sentiu o puxão de Pedro em seu braço.

-Aonde pensa que você vai?

Guilherme respirou fundo e olhou para a janela e olhou Pedro.

-Olha não tenho tempo para explicar, mas essas aberrações não perdoam ninguém, minha amiga me pediu ajuda e eu vou ajudar não importa o que aconteça, se quiser vir tudo bem, se não eu vou sozinho.

Ele então virou as costas e foi ate o elevador e olhou para Pedro e continuou serio, era a primeira vez que Pedro via o garoto assim, mas não iria deixar o mesmo ir sozinho, correu ate sua mochila e voltou correndo com as mãos ainda vazias, eles então pegaram o elevador e desceram.

-Se prepare, eles são duros na queda.

Quando a porta do elevador abriu viu tantas pessoas tentando entrar no elevador que quase lhe paralisou, viu então Pedro dar um chute e empurrar todos, fazendo todos os que estavam ali cair, Guilherme ficou um pouco impressionado, mas ficou calado, passaram correndo tomando cuidado para não pisar neles, o elevador se fechou antes mesmo deles olharem para traz, sorte talvez, eles saíram dali e Guilherme teve a noção do que realmente estava acontecendo, estava tudo um caos tão grande que já começaram a correr na falta da esperança de pegar um ônibus, Guilherme se desviava de todos aquelas pessoas cambaleando, as que estavam correndo não costumavam fazer mal, estava começando a ligar as coisas, mas quando chegou em uma área mais aberta olhou para os lados e parou um pouco, viu Pedro um pouco mas atrás chutando todos os “monstros” que via pela frente e olhou ao redor, a quantidade era exorbitante, eram mais de centenas, não sabia como aquilo fora acontecer, apenas por um segundo tinha perdido as esperanças.

-Vamos nessa meu rapaz, aqui não ta para brincadeira...

Falava Pedro com seu coturno cheio de sangue nas pontas, Guilherme saiu de seu transe repentino, eles correram sem se cansar ate a parte do Eixo, olhou para todos aqueles carros, fogo por todos os lados, e pode observar pessoas sendo comidas vivas por aquelas pessoas, mas foi ai que os dois se tocaram que aqueles que estavam perambulando por ai, definitivamente não eram Humanos, via todo aquele sangue, pessoas que foram atropeladas, algumas ainda vivas, mas por pouco tempo, já que algumas tinham fraturas expostas.

-Puta que pariu.

Exclamou Guilherme num ato meio desesperado ao ver aquilo, seu estomago embrulhou com aquilo tudo, mas depois de tudo o que passou estava se acostumando, percebeu que alguns daqueles monstros estavam seguindo para a saída da cidade como se estivesse seguindo algo, não se importou, eles começaram a andar rápido tomando cuidado com as pessoas que tentavam lhe agarrar, estava morrendo de cansaço, imaginava como era que Pedro corria com aquelas botas tão pesadas, então eles chegavam do outro lado, ainda via algumas pessoas tentando fugir de moto pelo meio daquilo tudo, respirou fundo, e foi ai que começou a ouvir tiros de todos os lados, como se estivesse em uma guerra, Puxou os ombros de Pedro e olhou para o mesmo, estava tremendo de medo, porém não paravam de avançar.

-Com esses tiros é melhor tomarmos mais cuidado, vamos abaixados...

Começaram a correr abaixado, Guilherme já suava, estavam chegando mais perto da W3, sabia que iria ser mais difícil ainda para voltar, logo eles pararam no em uma entre - quadra, um campo quase todo aberto, tinham umas quadras mais atrás por onde eles tinham passado. Guilherme então parou e colocou a mão no joelho abaixando-se um pouco, a gritaria parava um pouco agora, Pedro estava cansado mas não como Guilherme, que tentava recuperar o ar e esquecer a garganta seca, e logo os dois pararam e olharam para os lados, viu todos os que perambulavam indo em direção a eles dois, como se fossem os únicos que sobraram para eles comerem.

-Me diz que esse som é do vento...

Falava Guilherme ao se levantar e ouvir aqueles grunhidos, então se lembrou de Jessyca e então eles se entreolharam, então correram como nunca, ao chegar na W3, viu a barricada policial e um ônibus tombado, mais a frente, tinha vários cadáveres tentando entrar no ônibus e alguém gritando, ele sabia que era ela, ou pelo menos adivinhou,logo após olhou para Pedro.

-E agora? O que faremos?

Perguntou Guilherme bastante perdido, enquanto olhava aquelas coisas em sua volta, olhou Pedro que parecia ter tido uma idéia.

-Já sei, eu já volto, tenta ficar vivo, vou tirar esses filhos da mãe de perto do ônibus.

Pedro então correu para a barreira policial, Guilherme jogou o cabelo para traz e ficou olhando tentando saber o que iria fazer, olhou um machado no chão, era conveniente mas não sabia se iria ter coragem de atacar uma pessoa com aquilo mesmo naquela situação, pegou o machado em suas mãos e ficou segurando-o enquanto olhava para aqueles monstros, gritou em uma tentativa de tentar fazer a menina se acalmar, mas só Fez chamar atenção deles , mas ela parou de gritar, ele viu a quantidade, e cada vez mais os cadáveres se aproximavam, lentamente e aquilo o deixava-o cada vez mais tenso, seu coração saia pela boca, e logo quando eles se afastaram um pouco um ronco de uma caminhonete soou pelo lugar, era Pedro que dirigia desgovernadamente e atropelou uma boa parte daquelas pessoas jogadas aos trapos, Guilherme ficou aliviado mas viu o garoto bater a caminhonete logo a frente, deduziu que ele estava bem a julgar que a pancada não fora muito forte, ele correu ate o ônibus com o machado ainda e foi para o vidro da traseira do ônibus, sem coragem o suficiente de matar uma pessoa, apenas empurrava elas com o machado, o ônibus estava deitado com todas as janelas destruídas, ele pulou para a parte de traz que estava com o vidro quebrado, ele foi andando e viu a menina, Cabelos negros, repicados , e com uma franja que dava um ar mais jovem a ela, mas tinha algo errado, sua testa sangrava e ela não andava direito, estava com borrões pretos ao redor dos olhos, talvez chorava de desespero, ouviu um tiro tão alto do lado de fora que parou de prestar atenção por onde andava, e logo sentiu uma puxada em seu pé e caia para frente, Jessyca deu um grito grande nesse momento, ele olhou para traz e segurou o machado com força viu que ele iria morder sua perna e então ele fechou os olhos e desceu o machado, que por pouco não acertava sua perna, mas pegara bem no crânio do rapaz deixando o machado preso pela metade, ele então se levantou e foi em direção a garota e se ajoelhou.

-Você esta bem?

Jessyca estava muda ela apenas deu um sim com a cabeça e então ele puxou a menina com a mão e foi ate o machado ainda preso no crânio do homem ali, pegou o cabo do machado mas estava preso, ele então soltou a mão dela e então pegou com as duas mãos o cabo do machado e olhou para o outro lado, pisou no corpo e retirou o machado, Jessyca virou para o lado e terminou de vomitar o que estava segurando por algum tempo, ele então ouviu Pedro gritar do lado de fora, os tiros cessaram e então ele saiu do ônibus junto com a menina , puxava ela com uma mão e a outra segurava o machado, e foi ai que viu todos aqueles zumbis tentando pegar o garoto que estava encima do carro com uma escopeta, ele se impressionou como que ele agüentava o impacto daquela arma, ele logo começou pensar, e então pensou duas vezes antes de sair batendo em todo mundo, não podia deixar a menina para traz, ouviu os grunhidos vindo de suas costas, logo puxou a garota e começou a correr para o outro lado e viu um policial morto no chão com uma granada, ele olhou para Pedro e olhou a granada, se abaixou e então olhou para seu amigo.

-PEDRO, PEGA IMPULSO E PULA.

Quando Pedro viu o que ele segurava não pensou duas vezes e pulou, ao mesmo tempo que Guilherme jogou a granada com seu pino recém tirado, foi certeiro na cabeça de um dos monstros, deu tempo de Guilherme se abaixar tentando proteger Jessyca , ouviu o pior barulho que já tinha ouvido em toda sua vida, o impacto foi tão grande que explodira 3 carros de uma vez havia sangue e pedaços de pessoas voando para todo o lado, quando o barulho se foi , mesmo bastante surdo, Guilherme puxou o braço da menina e voltou em direção ao Pedro, eles começaram a correr, em direção ao eixo, porem ele apenas conseguia ouvir um barulho fino e irritante, o que atrapalhava muito, tentava não soltar a menina que tropeçava as vezes, quando chegaram no eixo, o caos tinha tomado parte de tudo, carros empilhados e corpos por todos os lados, começaram ambos a andar, mortos de cansados, Jessyca tinha dificuldade de andar pelas lagrimas que ainda desciam de seu rosto, eles começaram a desviar dos carros e tentar se afastar daquelas criaturas, Guilherme ouviu um gemido de dentro de um carro, não era como os outros, então pediu para que Pedro fosse acompanhando ela e foi ate o carro abrindo a porta. Viu uma criança ainda perdendo a consciência no banco de traz, sendo despedaçada pelos seus próprios pais, ele olhou com uma cara de nojo e náusea e foi então que virou para traz e deu de cara com uma mulher de olhos esbranquiçados e pele morta, era um deles não havia duvida, mas não deu tempo de pensar ela caiu por cima dele e ele tentou afastar sua boca de perto, sabia que aquelas mordidas deveriam doer demais, ela tentava morder seu rosto desesperadamente e ele não conseguia afastá-la, vê-la de perto fazia seu estomago embrulhar, não tinha como gritar, percebia que ela não era a única que estava perto, conseguiu ver a metade de sua boca do lado de fora, como se alguém tivesse rasgado sua bochecha, e logo então ouviu um tiro que o fez se proteger, ele então abriu os olhos e olhou para o lado, não acreditou no que via, afinal era ele, nunca imaginaria que ele apareceria em uma hora como aquela, se levantou e viu o rapaz, com um casaco preto, cabelos para traz, um pouco grandes, pele um pouco morena, olhos puxados, usava luvas, calça jeans e tinha suas orelhas furadas.

-Caracas Eric, eu te devo uma mano.

Ele se levantou e começou a correr em direção a ele e cumprimentou o velho amigo com um aperto de mão, e logo olhou para Pedro chamando os dois mais a frente.

-Olha cara te explico depois, mas vamos para a casa do meu amigo, poderemos fazer um plano por lá.

Ele falou e logo puxou o rapaz também rumando à casa de Mateus, mais a frente Pedro continuava a andar segurando a escopeta sem bala, Eric abriu a boca e olhou o rapaz com a arma.

-UOU, pensei que vocês estavam desarmados, bom cara é bom te ver de novo, mas não numa situação dessas, vamos dar o fora daqui.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Capítulo 4 : Amigos são sempre bem vindos.





Distrito Federal, Plano piloto, L2 norte, 405

Deitado, com o controle da televisão em suas mãos, olhava para a mesma em um de seus devaneios, dia longo, sem ter muito o que fazer, estava passando uma temporada na casa de seu amigo enquanto seus pais estavam fora do estado, viajando pelo nordeste. Guilherme então desligou a televisão, pois já estava farto de todos aqueles noticiários que apareciam falando da epidemia que surgira em Brasília.

-Daqui a pouco isso deixa de ser noticia que nem a gripe suína.

Disse e se espreguiçou olhando para a mesa, Mateus estava mexendo em seu note book encima da mesa de jantar, a casa não estava muito organizada, mas por causa da viagem que seus pais tinham feito, tinha comida para pelo menos um mês na dispensa.

-Pois é...

Retrucou Mateus sem prestar muita atenção, mexia no computador e ficava com a mão no rosto um tanto desanimado com aquilo tudo. Mas logo Mateus decidiu quebrar o silencio e então olhou para ele.

-Você age como se não tivesse visto aquela, coisa...
Ele então levantou e foi para a cozinha abrindo a geladeira vendo o que tinha para comer.

-Ah cara, não começa com esse papo de novo, to cansado de você tentar ser minha mãe e tentar me consolar, já vi coisas piores...

-Tá bom então, senhor já vi de tudo...

Antes de Guilherme falar qualquer coisa, conseguiu ouvir a musica de seu celular tocando, um tanto alto, era mania de colocar toque do seu celular alto como de seu pai, então começou a andar em direção ao quarto e então viu o nome, murmurou o nome “Hannah”, deu com os ombros e então atendeu.

-Hannah, quanto tempo...

Um silêncio do outro lado da linha se fez e então ela falou baixo.

-Posso te encontrar?

Ele pensou um pouco, estava com uma preguiça de sair de casa muito enorme, mas já estava dias preso ali, então decidiu se encontrar com ela ate por preocupação, normalmente ela respondia ao telefone com “amor” ou rindo, ele pensou no problema que ela estava passando em casa, então já foi abrindo sua pequena mala no chão e puxou algumas roupas para se trocar.

-Olha como to na casa do Mateus, vem aqui pro plano, perto do shopping, que tal?
Guilherme sugeriu, e logo ouviu a voz dela concordando.

-No pátio, talvez o Pedro também vá...e você disse que vocês estão sozinhos ai na casa dele, né?

-É sim, por quê?

-Por nada...

Ela falou e logo depois desligou, ele olhou para o telefone como se resmungasse, logo jogou o celular encima da cama, pegou a toalha e foi andando ate o banheiro e antes deu um grito para avisar ao seu amigo que iriam sair, logo entrou no banheiro e foi tomar seu banho, Mateus resmungou mas, sabia que ele não iria mudar de idéia, ele fechou o Note book e logo foi começar a arrumar suas coisas.

Inicio da W3 sul, Pátio Brasil.

Já tinha esquecido como aquele lugar o dava náuseas, era um tanto sufocante e cheio de pessoas mais estranhas que ele mesmo, ele e Mateus andaram um pouco juntos e logo viu o garoto grande e careca a frente, de cor da pele escura, Era Pedro, vestia roupas escuras como sempre, seu coturno o qual deixava seu passo ainda mais pesado, um sobretudo como de costume dele e uma camisa preta sem estampa, como já estava quase a noite ele nem ao menos suava com todas aquelas roupas.

-Opa, olha quem chegou, a Hannah tá te procurando por ai...

Isso fez Guilherme ficar um pouco encabulado, sempre chegava antes que as outras pessoas, pela primeira vez tinha chegado atrasado, ele então cumprimentou Pedro e deixou ele a falar com Mateus, suas preocupações com Hannah eram tão grandes que esquecera de que eles dois tinham acabado de se conhecer, logo foi andando em direção contraria e então olhou de longe, era a primeira vez que via a menina sozinha, como era de noite tinha tanta gente naquele lugar que era difícil se destacar, ele então foi andando em direção a ela, ela então o abraçou quando viu ele e ficou quieta por um tempo. Então Guilherme olhou para os lados e então puxou a menina para um canto qualquer, entrou no único lugar o qual não tinha ninguém, era um enorme corredor que tinha atrás do shopping, ele foi para trás de uma pilastra e então passou a mão em seu cabelo a abraçando novamente.

-Então, quer dizer o que esta acontecendo?

Ela apenas parou e respirou fundo e olhou para ele, sem lagrimas nos olhos, apenas sem o mesmo brilho de antes, e então ficou um pouco quieta olhando ele respirou fundo e começou a contar o que aconteceu.

Na frente do shopping aonde tinha toda aquela aglomeração de pessoas alguns bebiam ate cair, outros arranjavam brigas, era normal, mas ninguém olhava feio para Pedro, e Mateus ficava com ele e seus amigos com um pouco de precaução, e também que não conhecia ninguém dali, tantas tribos em um local só, e aquele dia era um dos dias mais lotados, aquele local ficou sem tantas pessoas por um bom tempo, logo o garoto ficou calado um pouco vendo Pedro fazer suas piadas infames e rir de si mesmo e então se encostou no apoio que tinha logo atrás de suas costas e ficou tentando se enturmar.

-Aqueles dois, o que devem estar fazendo?

Perguntou o garoto resmungando da situação, estava querendo ficar em casa naquele dia, logo Pedro olhou para ele colocando a mão na cintura e rindo de um jeito um tanto particular.

-HAHAHA, vai dizer que não sabe? Garoto ingênuo...

Falou num tom de humor e ficou olhando para os lados, e logo já mudou de assunto e Mateus ficou um tanto sem saber o que falar, sabia que deles dois não podia esperar uma coisa tão seria, mas sabia lá o que poderia acontecer. O garoto então olhou nos olhos da menina e respirou fundo, ficou um tempo calado ouvindo apenas ela falar.

-...Então com essa discussão, meu pai estourou comigo e me mandou para fora de casa, minhas coisas estão com meu amigo, será que você podia deixar eu passar um tempo com vocês? Pelo menos até a poeira abaixar lá em casa...

Ele ate pensou em citar que a casa não era dele mas, não sabia dizer não para a menina, logo fez um sim com a cabeça e sorriu de lado.

-Bom eu converso com o Mateus, E um pouco de presença feminina não fará mal a ninguém...

Ela então sorriu e o abraçou e conseguiu ouvir o pequeno barulho ali perto, alguma coisa fazia um barulho que incomodava, ele então olhou para trás e não viu nada, olhou a menina e pediu para ela esperar, mas sabia que ela iria atrás dele, foi andando entre as pilastras daquele imenso corredor, exatamente no meio do corredor, tinha uma portaria que servia de entrada para funcionários dos escritórios do Shopping, aquele barulho ficava mais alto, a risada da amiga logo a suas costas indicava que ela pensara besteira, ele rio da situação mas um cheiro invadiu suas narinas e fez com que seu estomago embrulhasse, logo aquilo trazia lembranças e sua mente ficou tão complexada que ele travou os passos, e então olhou para ela mais serio que fez a menina perguntar o que tinha acontecido, ele apenas fez um não com a cabeça e então chegou ate a portaria, a porta de vidros escuros fazia com que eles tivessem que abrir a porta para ver, ele então empurrou a porta devagar e abriu por completo logo em seguida, viu na escada , alguém ajoelhado, sangue por todos os lados e as pernas de alguém estirado com o resto do corpo aonde eles não podiam ver, e a pessoa ajoelhada estava com o rosto escondido, mas o cheiro era de tomar o lugar, ele sabia o que era aquilo, então deu meia volta e puxou a menina correndo deixando a porta bater, aquilo fez a menina ficar com tanto medo que ela meio que paralisou, ele fez uma cara de desaprovação e pegou ela no colo e tentou correr o Maximo possível com ela pedindo para descer, parou logo na saída do corredor e avisou um segurança, olhou para a menina ainda tão assustada que seus olhos indicavam que ela ficara presa naquela visão.

-Hannah....HANNAH, vem vamos pegar suas coisas e sair daqui...

Falou e logo viu pela primeira vez pequenas lagrimas saírem de seus olhos, ele pegou ela pela mão e foi puxando a mesma para o prédio ao lado para pegar suas coisas, era uma mala cheia de roupas e coisas que mais precisava, logo que pegou a mala viu um tumulto tão grande que pessoas gritavam enquanto corriam, seu peito encheu um pouco e já veio na cabeça o que era, aquela noite não saia de sua cabeça, já passara uma semana depois do incidente, e todas as noites antes de dormir via aquelas coisas em sua cabeça, foi ai que se tocou, que aquilo não seria esquecido, era apenas o começo, sentiu um aperto no coração com aquela mala pesada, e então começou a puxar a menina para onde seus amigos estavam e junto com a mala na mão ele ia tentando correr em direção contraria a multidão.

Mais na frente encontrou Pedro e Mateus estavam quase se envolvendo em uma briga com alguns rapazes em bando que tinham a sua cabeça raspada, ele não ligou apenas puxou os dois junto com a Hannah e foram andando para a parada.

-Vamos temos que sair daqui...agora...

Pedro apenas deu atenção ao ver que a menina estava quase chorando atrás dele, e então Pedro acompanhou eles ate a parada e então ele deixou Hannah ficar sentada na parada por um tempo e voltou a olhar Mateus.

-Cara eles estão aqui, quero ir embora, ta uma confusão da imensa lá atrás e eu preciso pegar um ar...

Pedro sacudiu o Guilherme pelos ombros e olhou em seus olhos, tentando chamar atenção dele.

-Calma ai, dá para explicar isso direito?

Ele olhou para Pedro e tentou começar a explicar, mas logo chamou o primeiro circular que passou e arrastou Pedro para dentro também, mesmo ele querendo ficar, passaram pela roleta e Guilherme pagou a passagem dos dois convidados, logo se sentaram mais no fundo do ônibus e logo o garoto começou a falar, tentando deixar a conversa em particular, explicou algumas coisas para Pedro que ficava tentando resolver as coisas com mais calma, e ouvir cada explicação, mas no fundo não tinha uma explicação lógica depois de ouvir aquilo, achando um tanto duvidoso decidiu então parar na casa de Mateus, e sugeriu ir num cachorro quente que tinha ali perto.

Distrito Federal, Plano piloto, L2 norte, 405

Eles então subiram e Pedro deixou sua mochila e seu sobretudo encima da mesa mesmo, Guilherme andou ate o quarto de Hospedes aonde Hannah iria ficar provavelmente e deixou sua mala do lado da cama, ele então voltou e viu a menina.

-Você esta bem?

Ela não falou muita coisa apenas fez um sim com a cabeça e olhou os garotos ali, ficou sem saber o que falar afinal, semana passada foi a semana que tinha conhecido Mateus e já estava hospedada em sua casa.

-Sabe não estou com fome, mas não quero ficar aqui sozinha...

Guilherme então colocou a mão na sua cabeça e olhou a bagunça da cozinha e deu com os ombros.

-Bom damos um jeito mais tarde com essa cozinha e preparamos alguma coisa para você comer, mas vamos descer, eu te empresto meu casaco...

Ela então deu uma risada abafada com as mãos no meio da perna para abafar o frio que sentia e sorriu.

-Vou ficar parecendo um machinho...

Ela então vestiu um casaco preto do garoto, e então desfilou com as mãos quase todas cobertas pela manga do mesmo e sorriu um tanto mais calma e com um sorriso belo e esbranquiçado, logo eles desceram, e andaram na quadra ate o cachorro a barraca de cachorro quente que ficava perto de uma igreja, se sentaram lá e pediram algumas coisas, Guilherme então começou a falar sobre o dia em que o incidente aconteceu, de forma mais racional, ele então colocou os cotovelos encima da mesa e passou a mão pelo rosto jogando os cabelos para traz se desfazendo da franja.

-Sabe Acho que isso não vai terminar por ai, tenho um mal pressentimento...

Falou Guilherme enquanto percebia o silencio de Mateus enquanto a isso, logo viu os cachorros quentes chegando e olhou Pedro por um momento.

-Qualquer coisa, avisa, sabe que amigos estão aqui para isso, ok?

Ele disse sim com a cabeça e sorriu, comeram o cachorro quente, e a garota apenas roubava mordidas dos outros cachorros quentes, depois de mais ou menos meia hora, jogando conversa fora logo se levantaram e deixaram o dinheiro encima da mesa e começaram a andar calados de volta para o apartamento.

-Pedro, quer dormir ai ?tem espaço suficiente...

Ele então olhou e colocou a mão no queixo e deu com os ombros mostrando não se importar.

-Por mim, eu to com minhas roupas ai mesmo, ia dormir fora já, ate amanha dá para agüentar...

Guilherme andava com os braços por cima do ombro de Hannah, que costumava sorrir ao olhar para o céu calada, talvez pelo acontecimento de mais cedo, Mateus andava mais a frente, Pedro olhava para o parquinho ainda destruído por parte do avião, e sentiu um frio na barriga, Guilherme olhou para a garagem no prédio vizinho e sentiu um calafrio, e se calou enquanto passava por lá.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Capítulo 3 : Efeito Dominó





HRAN, 21 horas após incidente na quadra 405 norte.


A enfermeira arrumou os volumosos seios e saia do banheiro, cor de pele morena, um tanto quanto acima do peso, cabelos amarrados para traz em um coque, como todas as enfermeiras dali. Tinha acabado de dar óbito ao bombeiro Victor que tinha contraído uma infecção tão grande que deixou seu braço inteiro preto, e uma febre anormal de 42 graus. Talvez ela tivesse sorte, coisas como aquela não aconteciam sempre, estava presenciando um novo tipo de doença, de qualquer jeito ele morreu rápido, em um dia depois, simplesmente não entendia como aquilo aconteceu.
Voltou ao necrotério, e resolveu voltar aos relatórios que tinha que fazer, ela estava cansada e aquilo tudo revirava sua cabeça ao avesso, malditos eram aqueles repórteres que não saiam da porta do hospital, se não fosse por eles, estaria em casa descansando após suas cansativas 5 horas de trabalho, logo ficou um pouco perdida em seus devaneios, e lembrou que tinha que preparar logo o atestado de óbito dos outros bombeiros, ambos estavam em coma, e alguns já morreram, mesmos sintomas, mesmas passagens , só que em alguns era mais rápido, As amostras de sangue não tinham saído ainda, “Ah, aqueles preguiçosos da patologia.” Resmungava em seus pensamentos, percebeu então que seu devaneio tinha durado duas horas, então colocou a mão no teclado do computador para começar a escrever, foi então que ouviu um vindo da sala de Autopsia , pensou que era o Senhor Marcelo, ele sempre trabalhava tarde mesmo, devia estar trabalhando no corpo de Victor, e os barulhos continuavam, parecia que ele estava mexendo em seus órgãos, e aquilo deu-lhe uma gastura apenas de pensar, mexeu a cabeça de um lado para o outro e então continuou escrevendo ate os barulhos a incomodarem tanto que teve que se levantar e ir falar com Marcelo, se levantou e foi ver o velinho que ali trabalhava, abriu a porta do outro lado da sala , e antes mesmo de abrir por completo aquele cheiro tão forte invadiu suas narinas e fez quase cair para traz , ela abriu a porta inteira e viu no canto da sala, Victor estava agachado por cima do corpo do pobre velinho Marcelo, viu que o sangue se espalhava por toda a sala, pobre rapaz, não teve ter tido tempo nem de gritar por ajuda, Horrorizada de mais para gritar ela viu, devagar o bombeiro despido se levantou vagarosamente tinha um corte na barriga , aonde já estava quase podre, sangue em sua boca , olhos totalmente esbranquiçados, sem alma , horrendos, soltou um grunhido que fez ela tentar abrir a boca para gritar mas seu pânico tinha tomado ate sua coordenação motora, ela nem se quer movia seus pés, percebeu sua boca mastigando os intestinos do velho, e quase colocou o seu lanche para fora, se tivesse tido tempo vomitaria com absoluta certeza , mas mal pode ver quando o bombeiro se jogou encima dela , e começou a morder sua carne, gritou tão alto e tão forte que o hospital todo deveria ter ouvido, e foi ai que a dor fez a mulher perder a consciência.

Fundos do HRAN, 3 horas após o incidente interno do hospital.

O portão meio aberto ainda balançava, um casal estava ali perto, embaixo das arvores, a mulher vestida com um jaleco branco, seu cabelo loiro fazia um coque e seus óculos lhe davam um ar de seria, sorria em meio os abraços com seu namorado, com certeza a mais bonita enfermeira de todo o hospital, Gisele, estava escondida ali, já que sair do hospital estava um pouco complicado, poucos metros dali, a entrada principal do hospital de base estava uma multidão de reportes, pessoas, policias e bombeiros, enquanto os dois estavam no lugar mais calmo dali, a noite fria fazia com que a situação dos dois ficasse mais quente.

O barulho do portão se abrindo arranhou os ouvidos dos dois e fizeram uma rachadura do clima então Gisele virou rápido para ver quem abriu o portão.

-Me desculpe eu só...

Ela se apressou em se desculpar, porém viu o paciente correndo para o outro lado, com a mão no braço segurando o curativo, logo ele caiu mais adiante, Gisele então olhou o namorado e ergueu a sobrancelha e fitou a situação, ela então correu ate mais à frente e virou o rapaz, era moreno e com cabelos ralos, estava completamente alucinado e então o rapaz chegou por traz tentando saber o que estava acontecendo.

-Vem me ajuda a levar ele para dentro.

O rapaz tinha um mau pressentimento sobre aquilo deu a volta nos dois e se abaixou para carregar ele, mas percebeu que lentamente ele abriu os olhos, já sem silhueta, com os olhos brancos arregalados, sua pupila estava completamente irreconhecível e então ele olhou nos olhos da enfermeira, aquele mesmo olhar sem alma de todos os outros pacientes que já tinham voltado do coma profundo, ele então segurou a mulher e mordeu uma grande parte do seu ombro, com o susto o rapaz apenas empurrou a menina para ela se afastar o Maximo possível e olhou o que o rapaz tinha feito a sua namorada e viu aquele sangue, foi tomado por um ódio profundo, levantando-se e tirando uma arma calibre 45 da cintura, sua face meio barbada olhou com desprezo e deu três tiros no peito dele, mas mesmo aqueles tiros não o pararam o moreno se levantou e voou encima do rapaz com a arma, uma única mordida foi o suficiente para deixá-lo completamente sem forças, uma mordida bem no lado do pescoço e perto da orelha, Gisele chorava de dor encostada no tronco da arvore e pedindo por ajuda, quando tocou em seu ombro sentiu quase o osso puro , e aquilo a fez desesperar-se completamente acabou de ver o namorado morrer, logo na virada da rua, vários policiais corriam em direção a enfermeira, nessa noite um rapaz foi preso e levado para delegacia mais próxima, sendo a do Venâncio 2000 perto da rodoviária, era um bombeiro do acidente, a enfermeira foi internada imediatamente, e seu namorado morreu na mesma hora sem chances de ser levado para o hospital, foi levado para o IML, para que pudesse fazer exame de corpo e delito.

W3 norte, caminho do IML

Dia cansativo, iria ser a ultima volta que Carlos iria fazer, um rapaz esguio, barba mal feita e um tanto pálido, estava trabalhando como motorista do IML mas aquilo cansava, era todo dia um morto, essa viagem estava fazendo sozinho, seu ajudante não tinha aparecido para o trabalho, ele então parou no sinal, e ouviu algo atrás da ambulância, coçou a cabeça e olhou para traz vendo tudo normal, ele resmungou.

-Coisa de louco rapaz...coisa de louco.

Resmungou mais uma vez e virou para frente, a pista estava um pouco vazia, já que era tarde da noite e então ele colocou o pé no acelerador, foi então que ouviu o barulho logo atrás dele, virou um tanto assustado e viu o rapaz em pé, ele olhou para a rua mais uma vez e viu uma luz forte e virou de uma vez, entrou com tudo dentro duma concessionária de automóveis uma bagunça estava prestes a começar e ninguém fazia idéia do que estava começando naquele momento.

5 da manhã, Concessionária Disbrave 503 norte.

-Droga, droga, droga...

O faxineiro trancou a porta da gerencia e abaixou-se do lado da porta ficando um tanto quanto assustado, acendeu a lanterna olhando em volta e tentou manter a calma, foi quando ouviu aqueles tapas ensangüentados no vidro acima de sua cabeça, sentiu aquele grunhido gelar sua alma e então começou a orar, os policiais do lado de fora, não conseguia abrir caminho para entrar na loja, com a bagunça feita por aquela maldita ambulância.

- VÂO EMBORA.

Foi então que o vidro se quebrou e os três homens, dentre eles, aquele que ele trabalhava junto há algum tempo atrás e que simplesmente virou aquela coisa, caíram com no chão depois de estilhaçar o vidro, ele tinha certeza que era o diabo querendo sua alma, ele correu mais para frente e virou para aqueles demônios e levantou a mão começando a citar passagens da bíblia, então o grito de dor e agonia foi ouvido pelos policiais e bombeiros do lado de fora que se apressaram ainda mais a abrir caminho pelos escombros.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Capítulo 2 : O inicio de um pesadelo.






Distrito Federal, Plano piloto, L2 norte, 405

Os dois jovens continuavam ali sentados, debaixo daquele bloco, apenas conversando besteiras para poder passar o tempo, afinal não havia muito que fazer naquele apartamento, por isso estavam ali embaixo de madrugada viam o céu escuro e suavemente pintado com o cinza das nuvens sublimes.

-É, talvez nos só damos valor mesmo, quando perdemos...

Falava o rapaz de cabelo mais ou menos grande, suas pontas chegavam até o começo de sua costa, castanhos escuros, algumas marcas que a juventude deixou em seu rosto, branco com pontinhos vermelhos em alguns lugares, nariz fino, traços finos e expressivo, seu nome era João Guilherme, embora não gostasse de seu nome, ele estava encostado na parede e ficou observando o céu.

-Talvez sim, talvez não, mas acho que nunca saberemos a que realmente damos valor, acho que nunca saberemos.

O outro jovem, de nome Mateus estava logo ao lado, sentado encostado na parede, e com as pernas cruzadas, cabelos negros, lisos e um tanto arrepiados e bagunçados, esguio e alto, ele ficava do lado do rapaz, fora uma longa conversa agora apenas o silencio pairava sobre aquela noite gélida.

Eles ficaram em silencio por um tempo e então um risco meio vermelho com faíscas e um barulho alto vindo do céu, passou pelas nuvens em uma velocidade imensa, embora a distância enganasse seus olhos, quando chegou mais perto, logo notaram que aquilo era um avião, e infelizmente a traseira daquela coisa vinha tão rápida na direção do prédio que a reação que eles tiveram fora se esconder atrás de seus braços por alguns segundos, Guilherme esperava já que aquele prédio desabasse em suas cabeças tudo de uma vez, o barulho foi como de uma bomba explodindo e eles ficaram um bom tempo sem querer abrir os olhos e sem poder ouvir qualquer ruido.

-Puta que pa...

O de cabelos castanhos resmungou quando abriu os olhos e então olhou ao redor e viu tudo bem, e foi então que Mateus cutucou Guilherme e apontou para o parquinho que tinha logo atrás, a traseira do avião ali e mais a frente na garagem do prédio vizinho tinha sido arrombada por um tipo de jaula enorme porém não tinha nada dentro, eles dois se levantaram e correram em direção a garagem Guilherme e seu amigo pararam e ficaram olhando fixamente para a garagem, Mateus pegou o telefone do bolso e ligou para os bombeiros sem reação, foi então que o rapaz mais velho começou a andar enquanto seu amigo continuava parado com o telefone no ouvido.

-Mas o que diabos...?

Andou mais um pouco e deu de cara com o portão arremessado contra o chão, mais na frente, a jaula pregada na parede, um chão totalmente cheio de sangue, alguns gemidos eram ouvidos do escuro dali, o nome Resident Evil venho à sua cabeça, mas ele sorriu um tanto despreocupado e pensou; “Essas coisas não existem, pare de pensar bobeira”. Quando foi ate mais a frente olhou um homem no chão ainda agonizando, quase decomposto, um cheiro insuportável veio ate suas narinas, ele soltava grunhidos que subiam como um frio agonizante em sua espinha ele engoliu em seco, ele então saiu correndo dali enquanto ele tentava mexer a mandíbula tentando supostamente pedir ajuda, ele correu e quando chegou do lado de fora, estava branco de medo, foi então que correu ate a calçada e se sentou, ficou um tanto atordoado e olhou para seu amigo que acabava de guardar o celular e então se levantou, puxou o braço de Mateus e levou para baixo do bloco dele.

- Não quero voltar lá, vamos subir, por favor...

Então eles subiram as escadas, ate chegar no primeiro andar, e seguiram para o apartamento de Mateus, Guilherme ficou calado por um bom tempo, quando chegou ate o apartamento, bebeu uns três copos d’água e comeu um pão um tanto quando desesperado, logo ele foi andando ate o quarto deles e deixou a comida de lado, se deitou em seu colchão e não tocou mais assunto, seu pensamento esteve preso naquilo o resto da noite, enquanto isso Mateus ficou acompanhando por algum tempo o movimento pela janela.

Em outro lado da cidade, os bombeiros saíram as pressas com o caminhão, um avião caiu no plano piloto, era uma coisa rara, quando sua frente caiu no campos da UNB e sua traseira na 405 norte, eles mandaram varias viaturas, mas a vida de um homem iria mudar naquela noite, Victor era bombeiro, foi designado para ajudar as vitimas do vôo que caíram na 405 norte, ele quando chegou lá pegou os primeiros socorros e correu em direção a garagem , ao ver todo aquele sangue espalhado, presumiu que já estivesse morto, se sentiu um tanto desapontado, mas procurou o cadáver, quando viu ele vivo e rastejando ele correu ate o corpo.

-Meu deus, senhor pare de se mexer, seu estado está grave de mais.

Ele então virou o corpo e foi pegar algo na pequena bolsa, então sentiu a pior dor de sua via , em seu braço, ele gritou como nunca, e caiu para traz, viu seu ante braço como nunca tinha visto antes, uma mordida tão violenta que arrancou sua carne, seus músculos e arranhou seu osso, fazendo com que perdesse o movimento da mão, seu grito chamou atenção dos seus amigos, e mal sabia ele que aquilo o faria tirar vidas e mais vidas, os dois rapazes foram levados para o hospital de base do plano piloto mais próximo, o HRAN, eles e mais 5 pessoas encontradas, quase decompostas, naquela noite 5 bombeiros foram mordidos e aquelas pessoas com olhares sem alma, carne pútrida e sangue de outras pessoas na boca foram mantidas para serem tratadas, era o começo do pior pesadelo que qualquer um poderia ter sonhado. No próximo dia, logo de manha não deu outra, reportes e emissoras de televisão, todas estavam no local do acidente e no hospital, tinham feito daquilo um circo, e iria piorar cada vez mais.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Capítulo 1 : Ganância



Área 51, Nevada, Estados Unidos da America.
-“John quais são as evoluções com o projeto?”- vinha à tona a voz firme de um velho que acabara de entrar numa sala.
-“Não tivemos sucesso senhor, não a possibilidade mínima de domesticação”
O velho estava fardado com um uniforme de um General, com muitas estrelas grudadas ao peito, parecia que não dormia há dias, Outra pessoa que chamava atenção era um rapaz de óculos cabelo curto, bem novo, porem com uma cara pálida, estavam em um laboratório grande e varias pessoas trajando jalecos brancos e olhando varias telas de computadores, todos falavam em inglês.
-“O presidente não ira gostar nada disso, isso é uma faca de dois gumes, mas é uma poderosa arma biológica”- falava o velho ranzinza.
A Sala era circular, havia ao centro da sala uma cabine protegida com um vidro blindado e com pequenas manchas de sangue ao redor dele, os computadores captavam batimentos cardíacos, calculava força, possível velocidade, impulsos cerebrais e varias outras coisas.
-“Mas senhor é necessário pesquisarmos mais sobre, é quase sobrenatural, Ele não tem batimentos cardíacos, não tem força o suficiente para abria a maçaneta de uma porta, e nem ao menos pensa, apenas o celebro funciona e tem uma fome insaciável.”-Falava John, o cientista.
-“Não me interessa, o Presidente necessita disso o mais rápido possível, as catástrofes estão cada vez mais recentes, a falta de água esta matando nossos compatriotas, o único lugar que não esta sofrendo tanto, será a nossa cobaia, comece com os preparativos meu caro John, iremos testar nossa arma”-Falava o general com uma voz orgulhosa olhando para um cadáver dentro da cabine.

Casa Branca, Washington, DC
Um homem andava de um lado para o outro, com um terno e uma gravata com o nó mal feito, abria bem sua blusa branca e olhava para o lado, vendo o índice de acidentes causados pelo tempo, tornados, enchentes, maremotos.
-“Os estados unidos esta um caos, precisamos, necessitamos de fazer algo imediato, aonde esta aquele maldito projeto?”-Murmurava raivosamente ao redor da sala. -“Bom logo depois disso, poderemos tomar uma decisão definitiva, mas vamos testar como se sai nosso projeto, Precisamos desse território, e começaremos pela capital.”
O homem ouvia o telefone tocar e ele ia ate ele e apertava um botão o qual fazia acender uma luz vermelha.
-“O que foi dessa vez?”
- ““ General Marshal na linha sete senhor “-a voz da secretária saia baixa do alto falante do telefone”
Então o homem de terno apanhara um controle perto da mesa e ligara um telão grande que descia do teto de um canto da sala e então aparecia a imagem do velho general Marshal.
-“Senhor presidente, eles estão prontos para serem testados, porem não temos como controlá-los, quem realizar a missão de levá-los será uma missão suicida.”
-“É realmente assim que você quer que eu confie em você e na sua equipe? Bando de incompetentes, mas tudo bem os mande para o teste e quero noticias, e boas Noticias oficial.”- só então ele desligou o telão o qual se recolheu novamente.


Espaço Aéreo Brasileiro, Um mês depois.
-“Pai nosso, que estai no céu...”
Um jato relativamente grande ia em direção ao aeroporto de Brasília, Aeroporto Juscelino Kubitschek, O piloto olhava para o soldado que segurava o terço e tentava acalmá-lo em meio aos grunhidos que vinham de trás do avião.
-“Calma rapaz, estamos fazendo isso para o bem dos Estados Unidos, sua morte não será em vão, vai por mim, e enquanto a ‘eles’ La atrás, tente esquecer, logo isso terminara.” Falava o piloto enquanto olhava o rapaz e pilotava ao mesmo tempo.
Logo que terminara a frase o radar mostrava um ponto vermelho e logo se apagava e o piloto saia do volante e o avião começava a se descer em uma velocidade incrível, logo o piloto se esforçava para chegar ate uma gaveta pegará uma arma calibre 38 e sentava do lado do soldado que agora chorava.
-“É, chegou a hora, já vi que você é religioso... suicídio é pecado para vocês! não é mesmo?”- O soldado balançou a cabeça confirmando. –“então deixa que eu faça isso para você...”
Então o piloto levantou e apontou para o soldado que apertava o terço, e então o piloto puxou o gatilho, o sangue escorrerá pela parede e o soldado caia para o lado encostando-se na parede.
-“Que Deus nos perdoe pelo o que acabamos de fazer.”-Olhava para a porta que estava trancada, com os grunhidos apavorantes que deixavam seu corpo gelado e logo apontava a arma para própria cabeça e respirava fundo.
Quando o rapaz puxou o gatilho mais uma vez o avião caia sendo arrastado e sua parte traseira era arremessada para longe e assim a parte da frente explodia entre algumas arvores da região, e tudo virava uma imensa algazarra.